Natal
O Natal surge como um sussurro eterno de graça na história dos homens: é a celebração do nascimento de Jesus Cristo, o Filho que, por amor soberano, atravessou o céu e vestiu-se de carne. Em meio à simplicidade de uma manjedoura, Deus revelou Seu plano perfeito, lembrando-nos que a salvação não nasce do esforço humano, mas do coração gracioso do Pai.
Contemplamos esse nascimento como fruto da vontade eterna de Deus. Antes que o mundo existisse, o Salvador já havia sido designado para vir. O menino envolto em panos é a prova viva de que a graça precede o mérito, de que Deus desce ao encontro do pecador incapaz, escolhendo amar e redimir segundo Seu conselho soberano.
A encarnação nos convida ao assombro reverente. O Verbo fez-se homem, sem deixar de ser Deus, aceitando a fragilidade humana para cumprir, em obediência perfeita, o caminho da redenção. Cada passo de Cristo, desde a manjedoura até a cruz, estava traçado pela mão fiel de Deus, pois Ele não veio apenas ensinar, mas salvar plenamente aqueles que o Pai lhe deu.
Celebrar o Natal é silenciar o coração diante desse mistério glorioso. É reconhecer que nossa esperança não repousa em símbolos, luzes ou tradições, mas naquele que nasceu para morrer e ressuscitar. O nascimento do Salvador aponta para a cruz e para o túmulo vazio, lembrando-nos de que a paz anunciada pelos anjos foi comprada com sangue e garantida pela graça.
Assim, o Natal nos chama à adoração humilde e à gratidão profunda. Diante da manjedoura, dobramos os joelhos e rendemos louvor ao Deus que se fez Emanuel, Deus conosco. Celebramos o que Deus, em Sua graça soberana, realizou em Cristo para salvar o Seu povo e glorificar o Seu nome eternamente.
Leonardo Machado Figueiredo
